13 de jul. de 2011

Férias e Pipoca

Na coleção… Casa de Areia e Névoa
De férias em casa, férias curtíssimas diga-se de passagem, mas nada melhor que um bom filme, bom comecei por Casa de Areia e Névoa, os  personagens e as situações  poderiam muito bem acontecer comigo ou com você. São pessoas que estão atrás de uma vida melhor, que são vítimas de erros do governo ou que são tomadas pelas angústias mais corriqueiras do cotidiano. Elas vivem em uma rua qualquer, num bairro norte-americano. Mesmo assim, estamos diante de um filme cheio de aspectos grandiosos e que deixam a impressão que o resultado final é muito mais do que um simples drama. Estamos diante de uma produção diferenciada.
Casa de Areia e Névoa começa em um nível simples de deamaticidade e, gradativamente, toma proporções cada vez mais intensas, até resultar em um desfecho surpreendente e arrebatador. Tudo isso pontuado por uma marcante trilha sonora de James Horner (desde já uma das melhores da última década) e por uma direção que traz excelentes jogos de câmeras, enquadramentos bem plenejados e cujas escolhas se aproveitam muito bem de todos os aspectos técnicos da produção.
Entretanto, o que existe mais marcante nesse filme é o trabalho de elenco. Encontramos aqui três atuações excepcionais. A mais incrível, sem dúvida, é a de Ben Kingsley. O papel de um homem rígido e fiel aos seus princípios trouxe ao ator momentos de pura soberania, onde Kingsley dá o seu melhor e chega a arrepiar. Jennifer Connelly, cujo papel confronta o de Kingsley, entrega, possivelmente, a melhor atuação de sua carreira. Enquanto isso, a coadjuvante Shohreh Aghdashloo chama a atenção com sua humanidade – e ela poderia muito bem ter vencido aquele Oscar que foi parar, inexplicavelmente, nas mãos de Renée Zellweger por Cold Mountain.
É com esse conjunto geral notável que Casa de Areia e Névoa consegue entregar um resultado extremamente posivito. O filme deixa uma sensação de completa competência, provando que é uma sucessão de escolhas certas. Alguns podem dizer que o desenvolvimento é meio longo (afinal, tem pouco mais de duas horas de duração) e que a solução dos conflitos é trágica demais. Mesmo assim, tudo isso passa batido em um longa-metragem que pode até não ser uma obra-prima, mas que traz qualidades impossíveis de se questionar.
A história? Casa de Areia e Névoa narra um embate. De um lado está Kathy (Jennifer Connelly), jovem que sofre profunda depressão após ter sido abandonada pelo marido. Por um erro do governo, ela é expulsa da casa em que morava. Inconformada, contrata um advogado para recuperar a casa. Do outro lado está Behrani (Ben Kingsley), imigrante iraniano que comprou a casa de Kathy em leilão, o que para ele é a oportunidade de dar conforto à mulher e ao filho e de recuperar o padrão de vida que tinham no Irã.

Sinopse Retirada do site Adoro Cinema

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